O tempo se esvai como areia na mão,
grão por grão, sem chance de voltar.
É um rio que corre sem direção,
levando os sonhos para o mar.
Quantas horas gastei no vazio,
quantos instantes deixei escapar?
Fiz do silêncio meu velho amigo,
mas ele nunca quis me consolar.
Busquei no amanhã o que já passou,
esqueci do presente que estava aqui.
E no vão dos dias, só restou
o peso do "se" que não vivi.
O tempo perdido é sombra que fica,
é eco de passos que não dei.
É saudade muda, que grita,
pelos caminhos que nunca trilhei.
Mas se ainda respiro, posso mudar,
abraçar o agora com nova vontade.
Pois o tempo perdido não vai voltar,
mas o que resta ainda é liberdade.
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