Plantei meu amor no teu peito,
mas o solo era pedra e aridez.
Reguei com esperança e respeito,
mas colhi o silêncio outra vez.
Teu olhar cruza o meu sem notá-lo,
como a brisa que ignora o chão.
Sou a sombra que tenta tocá-lo,
mas me perco na tua ilusão.
Quis ser o abrigo que te acolhe,
a canção que acalma a dor.
Mas em ti, meu desejo se recolhe,
não há espaço para o meu amor.
Ainda assim, guardo tua ausência,
como quem guarda o que nunca foi.
És o vazio que, em tua essência,
me preenche, mesmo que me destrói.
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