Saudade é brisa que corta e afaga,
um sopro que vem do tempo e embriaga,
carrega memórias num toque sutil,
de quem já partiu, mas vive em nós mil.
No silêncio da noite, um rastro aparece,
a voz que ecoava, o riso que aquece.
Nos dias cinzentos, a lembrança sorri,
e o peito se aperta por quem já não vi.
É o cheiro no vento, o passo no chão,
a sombra que dança na imensidão.
Um abraço invisível, um gesto a flutuar,
o tempo sussurra: "Sempre vão estar."
Mesmo distantes, não há despedida,
pois vivem em nós na eterna vida.
Na saudade, há dor, mas também há amor,
é a prova de que foram, são, e serão flor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário