Eu, que tanto quis ser teu porto,
sou apenas um farol apagado.
Na imensidão do teu mar absorto,
meu amor é um grito calado.
Tuas palavras, leves como o vento,
passam por mim sem deixar raiz.
E eu fico a cultivar o tormento
de um sonho que nunca me quis.
Te vejo dançar entre estrelas,
tão perto, mas sempre além.
És um céu onde não posso tê-las,
um destino que nunca me vem.
Ainda assim, te guardo em segredo,
um amor que não vai se perder.
Pois na dor de amar sem enredo,
encontro razões para viver.
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