quarta-feira, 1 de janeiro de 2025

Aniversário de Ano Novo


Entre fogos e promessas, há quem celebre mais que o recomeço de um calendário. Quem nasce próximo ao ano novo parece carregar consigo um traço especial: a lembrança de que ciclos pessoais e coletivos podem se entrelaçar.

Para muitos, o fim de ano é a hora de refletir sobre o que passou e traçar planos para o que virá. Mas, para quem faz aniversário nessa época, é como se as retrospectivas fossem dobradas. Não basta pensar no que se fez ou deixou de fazer durante os últimos 365 dias; é preciso considerar a própria existência. Quem eu fui? Quem quero ser?

As festas ajudam. Há sempre uma mesa posta, mesmo que seja singela, e a vibração no ar parece conspirar para a alegria. Mas, paradoxalmente, às vezes o brilho do Réveillon rouba o protagonismo. Afinal, é difícil competir com um espetáculo mundial de contagem regressiva.

Mesmo assim, há algo mágico em soprar velas no intervalo entre o velho e o novo. A sensação de que o mundo inteiro celebra com você, mesmo sem saber. Os fogos, o champanhe, o abraço apertado à meia-noite: tudo ganha um gosto mais íntimo quando você é a razão para o "parabéns" no meio do brinde.

E se o ano novo é sobre começar de novo, o aniversário é o lembrete de que temos uma história. Uma linha do tempo que só cresce, cheia de momentos únicos que ninguém pode apagar. Ser aniversariante nessa época é ter o privilégio de carregar o peso e a leveza das duas coisas ao mesmo tempo: as raízes e as asas.

No fim, o que importa não é o dia exato em que nascemos, mas o que escolhemos fazer com o tempo que recebemos. Hoje, você celebra mais um capítulo. Que venha um ano cheio de páginas em branco e que você as preencha com tudo aquilo que faz a vida valer a pena.


Entre Fogos e Velas


Era a véspera de Ano Novo quando Ana percebeu que seu aniversário coincidia com a chegada de um novo ciclo para o mundo. Enquanto as ruas se iluminavam com luzes cintilantes e o céu prometia estourar em mil fogos, ela se encontrava refletindo sobre mais um ano de vida.

A casa estava cheia de amigos e familiares, risadas se misturando ao tilintar de taças de espumante. A mesa, cuidadosamente posta, exibia pratos que misturavam tradições familiares com toques modernos, simbolizando a passagem do tempo e as mudanças que ele trazia. Ana sentia o calor das pessoas ao seu redor, cada abraço uma lembrança de momentos compartilhados e promessas para o futuro.

Quando a meia-noite se aproximava, todos se reuniram na varanda. As luzes da cidade brilhavam como estrelas terrestres, e o ar estava carregado de expectativa. Ana apagou as velas de seu bolo com um sorriso tímido, desejando em silêncio algo especial para si mesma. Enquanto os segundos se escoavam, ela percebeu que seu desejo não era apenas por um novo ano, mas por continuidade: mais risos, mais encontros, mais histórias para contar.

O estouro dos fogos iluminou o céu, refletindo nos olhos de Ana e de todos ao seu redor. Nesse momento, ela compreendeu que celebrar um aniversário no Ano Novo era como celebrar a própria vida: ambos marcam o fim de um ciclo e a esperança de um recomeço. Entre os fogos que pintavam o firmamento e as velas que brilhavam em sua mesa, Ana encontrou a perfeita harmonia entre o íntimo e o coletivo, celebrando não apenas seu nascimento, mas a contínua renovação que cada novo ano traz.

segunda-feira, 30 de dezembro de 2024

A VIDA BRINCA CONOSCO

Sabe quando as coisas parecem estar se encaixando
Aquele momento quando as coisas ruins estão ficando para trás
Que os obstáculos estão sendo superados
Quando você para de dever para a vida e volta ao marco zero
Pois é!
É neste momento que a vida te da uma rasteira
Tira tudo de você
E te negativa
Tudo aquele que você remou, não vai mais nada
Todo o esforço, foi em vão.
Porque a vida é pior que banco
Ela não quer só o que você tem
Ela quer mais, ela quer você na lama
Você pensa que isso é o caminho da iluminação
Mas depois de tantas porradas, tantas rasteiras
Você começa a entender que não é iluminação
É uma sacanagem
Você começa a enxergar o todo
Ver que você não pode ter alegrias
Não pode ter vitórias
Você só pode dever
Dever para a vida
Para sempre
E que te dá mais raiva, são pessoas desonestas rindo pra vida
Para a sua vida
Qual é a razão desse circo?

domingo, 29 de dezembro de 2024

Ano Novo, Nova Esperança

 

Vem o ano novo, suave e ligeiro,
Trazendo promessas de um mundo inteiro.
O velho se despede, cansado e gentil,
Enquanto o novo acena, vibrante e sutil.

Brilham fogos no céu, estrelas de cor,
Riscando a noite com luz e fervor.
Cada explosão, um desejo guardado,
De sonhos antigos e um futuro almejado.

É tempo de recomeçar, renovar a vida,
De curar as feridas e encontrar a saída.
O calendário vira, mas o coração,
Segue pulsando com nova emoção.

Ergam-se taças, brindemos à paz,
Ao amor que guia, ao bem que se faz.
Que os dias vindouros tragam sabedoria,
E que cada momento seja de alegria.

Ano novo é promessa, é portal aberto,
Para o incerto, o grandioso, o incerto.
Vamos ao encontro do que está por vir,
Com coragem nos passos e brilho no sorrir.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2024

Um Milagre na Rua das Amendoeiras (CONTO DE NATAL)

 


A Rua das Amendoeiras era uma viela tranquila em um bairro modesto, mas durante o Natal, ela se transformava. Casas simples ganhavam luzes coloridas, e a goiabeira na esquina principal, que ficava no jardim do Seu Nestor, era decorada como uma árvore de Natal improvisada, cheia de enfeites feitos pelas crianças da vizinhança.

Ana, uma menina de oito anos, olhava pela janela com um misto de tristeza e esperança. Era véspera de Natal, e sua mãe, dona Marisa, fazia o possível para manter a magia da data viva, mesmo com a escassez que as cercava. O pai de Ana, um caminhoneiro, estava na estrada há semanas e não sabia se conseguiria voltar a tempo.

— Mamãe, será que o Papai Noel vai conseguir encontrar a nossa casa? — perguntou Ana, preocupada.

Marisa, com o olhar cansado, sorriu.

— Claro que vai, filha. Ele nunca esquece de quem acredita.

Naquela noite, enquanto as outras casas da rua se enchiam de risos e música, Ana e Marisa ficaram juntas, comendo uma ceia simples: arroz, feijão e um pedaço de frango que Marisa havia guardado com carinho. Depois, as duas sentaram na sala, iluminada apenas pelas luzinhas piscando em um pequeno pisca-pisca na janela.

De repente, uma batida suave na porta quebrou o silêncio.

— Quem será a essa hora? — perguntou Marisa, surpresa.

Ao abrir a porta, encontrou Seu Nestor, o vizinho idoso, segurando uma cesta cheia de frutas, pão e doces.

— Boa noite, Marisa. Sei que este ano tem sido difícil para todos nós, mas o Natal é sobre partilhar, não é? — disse ele com um sorriso caloroso.

Marisa agradeceu emocionada, e Ana correu para abraçar o velho vizinho.

Mais tarde, já de pijama, Ana se deitou, ainda preocupada com o Papai Noel. Marisa a beijou na testa.

— Durma, meu amor. Amanhã será um dia lindo.

Quando Ana finalmente pegou no sono, um barulho fraco veio do quintal. Marisa, intrigada, foi até a janela e viu algo que a deixou sem palavras: um trenó improvisado, feito com tábuas de madeira, puxado por um velho cavalo branco. Dentro do trenó, um homem alto, vestido de vermelho e com uma longa barba branca, acenava para ela.

— Dona Marisa! — ele sussurrou, com um sorriso no rosto. — Pode deixar o resto comigo.

Quando o homem entrou em casa, Marisa reconheceu: era Seu Nestor, vestido como Papai Noel. Ele carregava uma sacola cheia de brinquedos simples que ele mesmo havia consertado ao longo do ano.

— Não consegui comprar presentes novos, mas achei que ela ia gostar desses aqui.

No dia seguinte, Ana acordou e correu para a sala. Lá, encontrou uma pequena boneca de pano, um livro cheio de figuras e uma bola colorida. Seus olhos brilharam, e ela gritou:

— Mamãe! O Papai Noel veio! Ele encontrou a nossa casa!

Marisa, com lágrimas nos olhos, sorriu.

Naquela manhã de Natal, a Rua das Amendoeiras estava cheia de alegria. Seu Nestor, o "Papai Noel", caminhava pela rua com seu trenó improvisado, distribuindo sorrisos e pequenos milagres.

E Ana, com sua boneca nos braços, olhava para a goiabeira decorada e sussurrava:

— Obrigada, Papai Noel. Obrigada por não esquecer de mim.

Justiça por Kathlen (CONTO)


“O mistério sobre o caso da jovem Kathlen Vitória ganhou um novo e terrível cenário. A menina de 14 anos estava desaparecida há quase 1 mês, mas hoje o seu corpo foi encontrado em um barraco na zona oeste do Rio de Janeiro".

Há exatos 2 meses a jornalista Valéria Veritas Veras publicou a 1ª reportagem sobre o caso da jovem Kathlen. Deste então, a vida dos policiais Maria Oliveira e Thiago Soares, tem sido vigiada e exposta. Família, intimidade e sexualidade, tudo para garantir um clique.

Além da jornalista, os protestos de familiares e amigos da jovem eram constantes na porta da Delegacia de Homicídios da Capital/RJ.

A perícia concluiu que a morte havia ocorrido 2 dias após o desaparecimento da menina. Sua vida foi ceifada por sufocamento (mãos na garganta). Também foram recolhidas amostras de DNA nas unhas da vítima, mas não havia registro de quem a agrediu.

As buscas não levavam a lugar nenhum, até o pai da jovem relatar que sua companheira, madrasta da garota, estava desaparecida.

- Ela sempre dá umas escapadas, ainda mais quando a gente briga – falou o pai.

- Brigaram sobre o quê? – perguntou Maria.

- Ela desconfia que tenho outra.

- E o sr. tem? – questionou Thiago

- Olha... eu comecei a me aproximar da mãe da Kathlen....

Aquilo bastou para colocar Silvana Inotto no topo da lista de suspeitos.

Depois de 2 meses, após uma denúncia anônima, Maria e Thiago se dirigiam até o bairro de Inhoaíba/RJ, onde Silvana poderia estar.

Para Maria, essa seria a esperança de pôr fim nesse caso e tirar a jornalista do seu encalço, pois a mesma havia exposto assuntos delicados de sua vida. Para Thiago, seria a justiça, a qual ele ainda acreditava.

Ao chegarem no local, uma surpresa. Uma multidão envolta da casa.

Como muito custo, os policiais conseguiram retirar Silvana do local, sob uma chuva de xingamentos.

Mas, chegando à delegacia, o pior aconteceu. A mãe da jovem, Sra. Daniella, atacou Silvana com uma faca, diretamente no seu pescoço.

O sangue jorrava, enquanto Silvana proferia suas últimas palavras.

- Ele nunca mais ficará com você.

Após a morte de Silvana, Maria se viu obrigada a cumprir a sua função, prender a Sra. Daniella, diante da jornalista Valéria.

terça-feira, 24 de dezembro de 2024

Natal de Luz e Esperança


É noite de Natal, brilham as estrelas,
A magia no ar começa a envolvê-las.
Um sino distante ecoa no coração,
Trazendo a mensagem de união.

Luzes cintilantes enfeitam o caminho,
Cada lar aquecido pelo carinho.
A mesa posta, o amor repartido,
No abraço amigo, o sonho é vivido.

O menino na manjedoura repousa,
Com ternura, a humanidade ecoa.
Lembrança de um tempo de renascer,
De paz e bondade para oferecer.

Entre os risos e vozes a entoar,
Canções que nos fazem sonhar.
O Natal nos lembra, em sua essência,
Que o maior presente é a convivência.

Celebremos, pois, com gratidão,
O amor que aquece o coração.
E que o espírito natalino perdure,
Em cada gesto, que a vida configure.